Comunidade

Apenas um dia comum, dispersando nêutrons: pesquisadores da Timken avançam em trabalho inovador

A qualidade dos produtos e serviços de uma empresa está diretamente relacionada à qualidade de seu pessoal e exige tempo e comprometimento para desenvolver uma força de trabalho de alto nível. É por isso que os líderes da Timken focam em não apenas identificar funcionários inteligentes e dedicados, mas também incentivá-los a obter avanços significativos em suas áreas.

Vikram Bedekar e Rohit Voothaluru são ótimos exemplos disso. Ambos levam vidas razoavelmente discretas como engenheiros na fábrica da Timken em Canton, Ohio, EUA. No entanto, conhecendo-os um pouco melhor, você descobre as oportunidades que suas carreiras lhes proporcionaram: viajar o mundo para apresentar trabalhos inovadores, encontrar ganhadores do prêmio Nobel, receber prêmios internacionais e realizar experimentos no mesmo laboratório em que pesquisadores estão fazendo avanços em computação quântica e medicina nuclear.

Pesquisa pioneira em uma instalação de última geração

Bedekar e Voothaluru são coautores de um trabalho de 2018 publicado como resultado de uma pesquisa que conduziram no ORNL (Laboratório Nacional de Oak Ridge) do Departamento de Energia dos EUA no Tennessee. O ORNL foi fundado em 1943 e é uma das poucas instalações no mundo que oferecem equipamento de dispersão de nêutrons. Para criar nêutrons, é necessário fazer fissão nuclear, o que não é algo que os laboratórios de ciência dos materiais estão autorizados a fazer, muito menos são capazes de tentar.

A gênese da pesquisa de nêutrons da equipe da Timken ocorreu em 2015. Uma equipe de tecnólogos desenvolvendo tecnologias avançadas de tratamento térmico para a nova fábrica da empresa em Prahova, Romênia, precisava analisar os efeitos das tensões geradas durante o novo processo de fabricação. No laboratório de P&D da Timken, Bedekar e Voothaluru conseguiam usar raios X para identificar distorções em peças, mas os raios X só alcançavam 200 mícrons abaixo da superfície.

A análise por raio X não ajudava a equipe a entender e ajustar os fatores de tensão nas partes mais espessas de um rolamento sem cortar o anel do rolamento — uma etapa que destruía o brilho da superfície. “Havia uma lacuna técnica no setor de rolamentos”, disse Voothaluru. “Ninguém tinha solucionado isso.”

A equipe se inscreveu e foi aceita para pesquisar sobre o assunto no HFIR (Reator de Isótopos de Alto Fluxo) em Oak Ridge, que oferece a capacidade de nêutrons mais rápida no mundo. Quanto mais rápido um nêutron se desloca, maior a penetração, explicou Bedekar. Nêutrons não carregam uma carga elétrica, o que permite que passem por material sem afetá-lo ou serem afetados por ele. Nesse processo, eles revelam informações sobre a estrutura e propriedades do material.

Usando a Instalação de Mapeamento de Tensão Residual de Nêutrons do HFIR, Bedekar e Voothaluru desenvolveram modelos para estimar quantitativamente as distorções que resultavam das tensões de fabricação. “Agora, temos uma base que podemos usar para prever as distorções de tensões da fabricação para qualquer produto feito em um processo de usinagem subtrativa”, afirmou Voothaluru. “Fomos os primeiros a fazer isso.”

Os benefícios para a carreira de trabalhar com um pioneiro do setor

A Timken se destaca por seu apoio a tal pesquisa e por seu compromisso com inovação avançada e contínua de produtos. Antes de Bedekar participar do estudo de nêutrons, ele estava envolvido em outro estudo do ORNL, analisando como átomos se movem mais próximos da superfície de peças de máquinas. “Ninguém tinha feito isso também”, diz ele.

Esse tipo de oportunidade é ótima para novos engenheiros que buscam deixar sua marca em seu primeiro emprego logo após a faculdade. “É empolgante pensar em desenvolver uma carreira com a riqueza de experiência da Timken”, disse Voothaluru. “A Timken é líder global na tecnologia de rolamentos e há uma oportunidade contínua de contribuir para ajudar a empresa continuar à frente.”

Embora o trabalho em si seja empolgante, Bedekar e Voothaluru também gostam das viagens e reconhecimento que acompanham a publicação e o compartilhamento dos resultados. Ambos participam ativamente de organizações de engenharia, como a CIRP (Academia Internacional de Engenharia de Produção), sediada em Paris, e a ASM International.

Esquerda para a direita: Rohit Voothaluru, especialista em desenvolvimento de produtos e Vikram Bedekar, especialista em materiais.

Apresentar trabalhos publicados a colegas nessas organizações é sempre um destaque na carreira. “Frequentemente, há 100 ou 200 alunos e professores na sala das melhores universidades do mundo”, afirmou Bedekar. “Os alunos fazem perguntas e as discussões podem ficar bem animadas. É uma ótima confirmação de seu trabalho.”

Em conferências do setor, os dois funcionários muitas vezes encontram com expoentes no setor. “Conheci alguns ganhadores do prêmio Nobel”, disse Voothaluru. “Estar envolvido nessas organizações internacionais nos dá proeminência na comunidade científica e acesso às mais recentes pesquisas acadêmicas.”

Ambos também venceram prêmios devido ao seu trabalho. Em 2014, Bedekar recebeu a medalha F.W. Taylor do CIRP pela pesquisa que concluiu como parte de seu PhD na Universidade Estadual de Ohio, EUA. O prêmio, que reconhece pesquisas inovadoras por jovens cientistas com menos de 35 anos, tinha sido apresentado a apenas oito americanos em 65 anos.

No ano passado, Voothaluru foi inserido na lista “40 com menos de 40” da Classe de 2018 da Heat Treat Today, por suas contribuições ao mercado de tratamento térmico. Dois outros engenheiros da Timken, Wei Guo e Lee M. Rothleutner, também receberam essa honraria.

Recentemente, Bedekar foi usado como contato para um grupo de usuários do ORNL e encarregado de promover o envolvimento do setor com o ORNL. “Vi somente quatro ou cinco empresas realizando estudos lá”, afirmou. “A Timken é especial porque não apenas realizamos pesquisa lá, mas também acompanhamos e publicamos nosso trabalho.”

Orientação de alunos ao redor do mundo

O envolvimento da Timken com organizações e instituições acadêmicas internacionais faz diferença de outra forma importante: facilita a identificação de alunos de pós-graduação inteligentes que estejam fazendo trabalhos que podem ser valiosos para a empresa. Bedekar e Voothaluru orientam alunos em instituições ao redor do mundo.

“Quando vamos para conferências, encontramos pessoas fazendo trabalhos semelhantes”, disse Bedekar. “Sempre temos um problema que estamos tentando resolver e, às vezes, esses problemas precisam de trabalhos fundamentais que dariam uma boa tese de doutorado.” A Timken patrocina alunos que estão fazendo trabalhos significativos em áreas que podem ser valiosas para a empresa, colaborando com as universidades e os professores que supervisionam essas pesquisas.

Bedekar e Voothaluru valorizam o programa de patrocínio de alunos da Timken porque foi assim que entraram na empresa. Ambos vieram para universidades dos EUA da Índia quando tinham cerca de 20 anos e depois foram abordados pelos pesquisadores da Timken enquanto faziam seus PhDs.

Ambos estimam o fato de que a Timken oferece problemas estimulantes para resolver e oportunidades significativas de avanço na carreira. Eles também valorizam a cultura de diversidade da empresa. “Não é apenas uma questão de diversidade geográfica, embora esse seja certamente outro benefício”, declarou Voothaluru. “Também temos a tendência de ter diversidade na maneira em que pensamos, o que promove uma maravilhosa dinâmica colaborativa.”

Em uma época em que é raro funcionários ficarem em uma empresa por mais de alguns anos, não é incomum para funcionários da Timken passarem a maior parte de suas carreiras na empresa.

“Continuamos a ultrapassar os limites da ciência e da compreensão — gerando conhecimentos que ainda não foram explorados”, afirmou disse Bedekar. “Para fazer isso, usamos instalações de última geração disponíveis em todo o mundo. Isso torna nosso dia a dia empolgante.”